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quinta-feira, 31 de março de 2011

O químico da Unicamp que fraudou 11 estudos científicos

RICARDO MIOTO
DE SÃO PAULO
REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA

Uma investigação internacional apontou fraude em 11 artigos científicos de um respeitado professor titular de química da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Tudo indica que se trata da denúncia mais séria de má conduta científica da história da ciência brasileira, apesar da escassez de levantamentos sobre o tema. Em geral, os casos envolvem plágio, e não invenção de resultados.

Os trabalhos que conteriam fraude saíram em várias revistas científicas da Elsevier, multinacional que é a maior editora de periódicos acadêmicos do mundo.

Os estudos da Unicamp foram retratados (ou seja, "despublicados", não tendo mais validade para a comunidade científica). A Elsevier afirmou que os sinais de manipulação são "conclusivos".

Claudio Airoldi, de 68 anos, é um dos pesquisadores mais experientes da Unicamp: está na universidade paulista desde 1968.

NO TOPO

Na classificação do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, principal órgão federal a financiar ciência no país), ele é bolsista de produtividade nível 1A, o mais elevado, e membro da Academia Brasileira de Ciências. É o associado nº 17 da Sociedade Brasileira de Química.

Airoldi teria falsificado imagens de ressonância magnética que servem para estudar características de novas moléculas. Um dos artigos dizia que uma delas delas, por exemplo, tinha uma estrutura que serviria para absorver metais tóxicos da água.

Os trabalhos foram publicados entre 2008 e 2010 em colaboração com um aluno de pós-graduação, Denis Guerra, hoje professor adjunto na Universidade Federal de Mato Grosso.

A Elsevier diz que o procedimento de investigação envolveu três cientistas revisores independentes, e que todos eles concluíram que "estava claro que os resultados tinham sido manipulados". A editora diz ter pedido e recebido uma defesa dos cientistas brasileiros, mas, segundo ela, o material enviado não prova nada.

"Estava previsto que algo assim ia acontecer. Ia ser muito difícil segurar isso porque a pressão para publicar é muito grande e existe leniência em relação a esse comportamento", diz Sílvio Salinas, físico da USP que segue de perto os casos de má conduta científica no país.

De fato, diferentemente dos Estados Unidos, que contam com uma agência federal para investigar casos assim, o Brasil deixa o acompanhamento dos casos e possíveis punições nas mãos das instituições onde ocorrem.

Não existem estatísticas consolidadas sobre o tema por aqui. Mas, num clima de competição científica acirrada e globalizada, com pesquisadores cada vez mais pressionados para mostrar sua produção em números, mais casos são esperados.

Nos próprios EUA, em 16 anos as fraudes científicas cresceram 161%. Em países como China e Brasil, onde a publicação bruta de artigos científicos tem crescido muito sem que a qualidade acompanhe esse ritmo, o fenômeno deve aparecer mais.

"As universidades e as agências de fomento precisam tomar providências quanto a isso. Nunca tinha tido conhecimento sobre algo dessa dimensão no Brasil. A ordem de grandeza é similar a casos de fraude que ocorrem na China", diz Salinas.

A Unicamp instaurou uma sindicância interna para apurar o caso. Segundo a universidade, ela deve ser concluída em 30 dias.

OUTRO LADO

Procurado pela Folha, Airoldi desligou o telefone assim que a reportagem se apresentou, dizendo não ter tempo para falar. Ele foi contatado também por e-mail, mas não respondeu até o fechamento desta edição.

Guerra disse já ter entrado em contato com a Elsevier. "Mandamos toda uma defesa dos trabalhos, apresentando provas de que as imagens são verdadeiras, mas não recebemos nenhuma posição."

Ele diz que a retratação da Elsevier "incomoda seriamente". "Pode acontecer de você nunca mais conseguir publicar um trabalho. Um editor vê uma coisa dessas e vai pensar o quê? Somos do Terceiro Mundo, a verdade é essa, sem dúvida nenhuma contra pesquisadores do Primeiro Mundo a crítica teria uma peso menor."




fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-quimico-da-unicamp-que-fraudou-11-estudos-cientificos#more

segunda-feira, 28 de março de 2011

Irlanda um exemplo de desenvolvimento

A ilusão da austeridade
Paul Krugman

O governo de Portugal acaba de cair, devido a uma disputa quanto a propostas para medidas de austeridade. O rendimento dos títulos da dívida irlandesa acaba de superar os 10% pela primeira vez na História. E o governo britânico acaba de reduzir sua projeção de crescimento e elevar sua projeção de deficit.

O que esses acontecimentos têm em comum? São todos indícios de que cortar gastos em períodos de alto desemprego constitui um erro. Os defensores da austeridade afirmavam que cortes de gastos propiciariam dividendos rápidos em forma de alta na confiança, e que exerceriam pouco, se algum, efeito adverso sobre o crescimento e nível de emprego; mas estavam errados.

É lastimável, por isso, que hoje ninguém seja levado a sério em Washington a menos que se declare adepto da mesma doutrina que vem fracassando de maneira tão estrondosa na Europa.

Nem sempre foi assim. Dois anos atrás, diante de uma alta no desemprego e de grandes deficit orçamentários -as duas coisas consequências da severa crise financeira-, a maioria dos líderes dos países avançados compreendia que os problemas precisavam ser enfrentados em sequência, com atenção imediata à criação de empregos combinada a uma estratégia de longo prazo para a redução dos deficit.

Por que não reduzir os deficit de imediato? Porque os aumentos de impostos e os cortes nos gastos do governo deprimiriam as economias ainda mais, agravando o desemprego. E reduzir gastos em uma economia profundamente deprimida é quase sempre autodestrutivo, até mesmo em termos fiscais puros: as economias conquistadas com os cortes terminam parcialmente negadas pela queda na arrecadação, à medida que a economia encolhe.

Portanto, empregos já e deficits mais tarde representa a estratégia correta. Infelizmente, ela foi abandonada devido a riscos fantasmas e esperanças ilusórias. Por um lado, dizem-nos constantemente que, caso não cortemos os gastos de imediato, terminaremos na mesma situação que a Grécia, incapazes de captar dinheiro a não ser sob taxas de juros exorbitantes. Por outro, nos dizem que não precisamos nos preocupar com o impacto do corte dos gastos sobre o emprego porque a austeridade fiscal na realidade criará empregos, ao gerar uma alta na confiança.

Como essa narrativa está caminhando, até agora?

A dita linha dura quanto ao deficit vem gritando alertas quanto às taxas de juros dos Estados Unidos quase continuamente, desde que a crise financeira começou a se aliviar, e considera qualquer movimento ligeiro de alta nas taxas como sinal de que os mercados estão se voltando contra os Estados Unidos. Mas a verdade é que as taxas de juros vêm flutuando, não devido ao medo da dívida, e sim em companhia das esperanças mais e menos fortes de recuperação econômica. E porque a recuperação plena aparenta estar ainda muito distante, os juros agora são mais baixos que há dois anos.

Mas os Estados Unidos não poderiam mesmo terminar na mesma situação que a Grécia? Sim, claro. Caso os investidores decidam que somos uma banana republic cujos líderes políticos não querem ou podem enfrentar seus problemas de longo prazo, deixarão de fato de adquirir nossos títulos de dívida. Mas essa perspectiva não depende de modo algum de nos punirmos ou não com cortes de gastos em curto prazo.

Basta perguntar aos irlandeses, cujo governo -depois de assumir uma carga insustentável de dívidas devido ao resgate aos bancos descontrolados do país- tentou reassegurar os mercados por meio de medidas selvagens de austeridade que prejudicavam essencialmente os cidadãos comuns. As mesmas pessoas que defendem o corte de gastos nos Estados Unidos celebraram o pacote. "A Irlanda oferece uma lição admirável de responsabilidade fiscal", declarou Alan Reynolds, do Cato Institute, acrescentando que os cortes haviam removido os temores quanto a um calote irlandês, e prevendo rápida recuperação.

Isso foi em junho de 2009. De lá para cá, os juros sobre os títulos de dívida irlandeses dobraram, e o índice de desemprego no país hoje atinge os 13,5%.

E temos também a experiência do Reino Unido. Como os Estados Unidos, o Reino Unido é percebido como solvente pelos mercados financeiros, o que lhe permitiria seguir a estratégia de primeiro criar empregos e depois cuidar dos deficit. Mas o governo do primeiro-ministro David Cameron optou em lugar disso por adotar medidas imediatas e desnecessárias de austeridade, na crença de que os gastos privados mais que compensariam o recuo do governo. Como gosto de dizer, o plano de Cameron se baseava na crença de que a fada da confiança resolveria tudo.

Mas não resolveu. O crescimento britânico se estagnou, e o governo teve de elevar suas projeções de deficit, como resultado.

O que me conduz de volta ao que passa por debate sobre o orçamento hoje em dia em Washington.

Um plano fiscal sério para os Estados Unidos teria por centro os fatores de gastos mais pesados no longo prazo, acima de tudo os custos de saúde, e certamente envolveria alguma forma de aumento de impostos. Mas não somos sérios: qualquer discussão sobre o uso efetivo dos fundos do plano de saúde federal Medicare é recebida por urros de protesto, e a posição oficial do Partido Republicano -que passa quase sem contestação pelos democratas- parece ser a de que ninguém deveria pagar mais impostos. Toda a discussão gira em torno de cortes de gastos em curto prazo.

Em resumo, temos um clima político no qual a suposta linha dura quanto ao deficit deseja punir os desempregados e ao mesmo tempo se opõe a quaisquer medidas que tratariam de nossos problemas orçamentários em longo prazo. E eis o que a experiência de outros países nos ensina: a fada da confiança não nos salvará das consequências de nossa insensatez.

TRADUÇÃO DE PAULO MIGLIACCI

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/colunas/paulkrugman/893935-a-ilusao-da-austeridade.shtml

"Caetano Veloso sai em defesa de Maria Bethânia na polêmica sobre blog"

Adoro as canções de Caetano o artista, mas, o ser politico acho exagerado e as vezes até rasteiro. Estranhei ele não ter se manifestado a respeito da pororoca de criticas feitas a sua irmão Betânia, criticas injustas, maliciosas e diria, feitas por analfabetos funcionais ou gente de muito pouca ética.No artigo abaixo e com muita propriedade, Caetano rebate alguns argumentos rasteiros, falsos moralismos e todo o resto de bobagem não somente dita a respeito de Betânia mas de todos os artistas seus contemporâneos e a respeito do que é cultura

RIO - Não concebo por que o cara que aparece no YouTube ameaçando explodir o Ministério da Cultura com dinamite não é punido. O que há afinal? Será que consideram a corja que se "expressa" na internet uma tribo indígena? Inimputável? E cadê a Abin, a PF, o MP? O MinC não é protegido contra ameaças? Podem dizer que espero punição porque o idiota xinga minha irmã. Pode ser. Mas o que me move é da natureza do que me fez reagir à ridícula campanha contra Chico ter ganho o prêmio de Livro do Ano. Aliás, a "Veja" (não, Reinaldo, não danço com você nem morta!) aderiu ao linchamento de Bethânia com a mesma gana. E olha que o André Petry, quando tentou me convencer a dar uma entrevista às páginas amarelas da revista marrom, me assegurou que os então novos diretores da publicação tinham decidido que esta não faria mais "jornalismo com o fígado" (era essa a autoimagem de seus colegas lá dentro). Exigi responder por escrito e com direito a rever o texto final. Petry aceitou (e me disse que seus novos chefes tinham aceito). Terminei não dando entrevista nenhuma, pois a revista (achando um modo de me dizer um "não" que Petry não me dissera - e mostrando que queria continuar a "fazer jornalismo com o fígado") logo publicou ofensa contra Zé Miguel, usando palavras minhas.


" Bethânia e Chico não foram alvejados por sua inépcia, mas por sua capacidade criativa "
.
A histeria contra Chico me levou a ler o romance de Edney Silvestre (que teria sido injustiçado pela premiação de "Leite derramado"). Silvestre é simpático, mas, sinceramente, o livro não tem condições sequer de se comparar a qualquer dos romances de Chico: vi o quão suspeita era a gritaria, até nesse pormenor. Igualmente suspeito é o modo como "Folha", "Veja" e uma horda de internautas fingem ver o caso do blog de Bethânia. O que me vem à mente, em ambas as situações, é a desaforada frase obra-prima de Nietzsche: "É preciso defender os fortes contra os fracos." Bethânia e Chico não foram alvejados por sua inépcia, mas por sua capacidade criativa.

A "Folha" disparou, maliciosamente, o caso. E o tratou com mais malícia do que se esperaria de um jornal que - embora seu dono e editor tenha dito à revista "Imprensa", faz décadas, que seu modelo era a "Veja" - se vende como isento e aberto ao debate em nome do esclarecimento geral. A "Veja" logo pôs que Bethânia tinha ganho R$ 1,3 milhão quando sabe-se que a equipe que a aconselhou a estender à internet o trabalho que vem fazendo apenas conseguiu aprovação do MinC para tentar captar, tendo esse valor como teto. Os editores da revista e do jornal sabem que estão enganando os leitores. E estimulando os internautas a darem vazão à mescla de rancor, ignorância e vontade de aparecer que domina grande parte dos que vivem grudados à rede. Rede, aliás, que Bethânia mal conhece, não tendo o hábito de navegar na web, nem sequer sentindo-se atraída por ela.


" Pensam o quê? Que eu vou ser discreto e sóbrio? Não. Comigo não, violão "

Os planos de Bethânia incluíam chegar a escolas públicas e dizer poemas em favelas e periferias das cidades brasileiras. Aceitou o convite feito por Hermano como uma ampliação desse trabalho. De repente vemos o Ricardo Noblat correr em auxílio de Mônica Bergamo, sua íntima parceira extracurricular de longa data. Também tenho fígado. Certos jornalistas precisam sentir na pele os danos que causam com suas leviandades. Toda a grita veio com o corinho que repete o epíteto "máfia do dendê", expressão cunhada por um tal Tognolli, que escreveu o livro de Lobão, pois este é incapaz de redigir (não é todo cantor de rádio que escreve um "Verdade tropical"). Pensam o quê? Que eu vou ser discreto e sóbrio? Não. Comigo não, violão.


" Se pensavam que eu ia calar sobre isso, se enganaram redondamente. Nunca pedi nada a ninguém. Como disse Dona Ivone Lara (em canção feita para Bethânia e seus irmãos baianos): "Foram me chamar, eu estou aqui, o que é que há? "

O projeto que envolve o nome de Bethânia (que consistiria numa série de 365 filmes curtos com ela declamando muito do que há de bom na poesia de língua portuguesa, dirigidos por Andrucha Waddington), recebeu permissão para captar menos do que os futuros projetos de Marisa Monte, Zizi Possi, Erasmo Carlos ou Maria Rita. Isso para só falar de nomes conhecidos. Há muitos que desconheço e que podem captar altíssimo. O filho do Noblat, da banda Trampa, conseguiu R$ 954 mil. No audiovisual há muitos outros que foram liberados para captar mais.
Aqui o link: http://www.cultura. gov. br/site/wp-content/up loads/2011/02/Resultado-CNIC-184%C2%AA.pdf .

Por que escolher Bethânia para bode expiatório? Por que, dentre todos os nossos colegas (autorizados ou não a captar o que quer que seja), ninguém levanta a voz para defendê-la veementemente? Não há coragem? Não há capacidade de indignação? Será que no Brasil só há arremedo de indignação udenista? Maria Bethânia tem sido honrada em sua vida pública. Não há nada que justifique a apressada acusação de interesses escusos lançada contra ela. Só o misto de ressentimento, demagogia e racismo contra baianos (medo da Bahia?) explica a afoiteza. Houve o artigo claro de Hermano Vianna aqui neste espaço. Houve a reportagem equilibrada de Mauro Ventura. Todos sabem que Bethânia não levou R$ 1,3 milhão. Todos sabem que ela tampouco tem a função de propor reformas à Lei Rouanet. A discussão necessária sobre esse assunto deve seguir. Para isso, é preciso começar por não querer destruir, como o Brasil ainda está viciado em fazer, os criadores que mais contribuem para o seu crescimento. Se pensavam que eu ia calar sobre isso, se enganaram redondamente. Nunca pedi nada a ninguém. Como disse Dona Ivone Lara (em canção feita para Bethânia e seus irmãos baianos): "Foram me chamar, eu estou aqui, o que é que há?"

Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2011/03/27/caetano-veloso-sai-em-defesa-de-maria-bethania-na-polemica-sobre-blog-924098835.asp

Neste vídeo abaixo um dos exemplos de muita bobagem que foi dita.

sexta-feira, 25 de março de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

Mais uma contribuição para o NCE

Depois de contribuir para Academia Cisco do NCE com a indicação da ferramenta BBB(BigBlueButton) para utilização no curso a distância. apresento mais uma ferramenta gratuita, open source para utilização do Projeto SAD.

DSpace - Repositórios Digitais

O sistema Dspace foi desenvolvido para possibilitar a criação de repositórios digitais com funções de captura, distribuição e preservação da produção intelectual, permitindo sua adoção por outras instituições em forma consorciada federada. O sistema desde seu início teve a característica de ser facilmente adaptado a outras instituições. Os repositórios DSpace permitem o gerenciamento da produção científica em qualquer tipo de material digital, dando-lhe maior visibilidade e garantindo a sua acessabilidade ao longo do tempo.

Os repositórios digitais podem ser considerados uma inovação no gerenciamento da informação digital. As editoras, bibliotecas, arquivos e centros de informação em vários países estão criando grandes repositórios de informação digital, contendo diferentes tipos de conteúdos e formatos de arquivos digitais. No caso específico da informação científica e tecnológica, os repositórios digitais são semelhantes em algumas características básicas. O DSpace Institutional Digital Repository System (projeto colaborativo da MIT Libraries e a Hewlett-Packard Company) é um dentre vários projetos, atualmente em operação, orientados à criação de repositórios institucionais e à preservação digital. O DSpace é um software livre que, ao ser adotado pelas organizações, transfere a estas a responsabilidade e os custos com as atividades de arquivamento e publicação da sua produção institucional. O DSpace possui uma natureza operacional específica de preservar os objetos digitais que é de interesse da comunidade científica.

Algumas perguntinhas aos futuros candidatos a coordenador do NCE

1 - Porquê esta se candidatando ao cargo de coordenador do NCE ?

2 - Na sua visão, qual o papel do NCE dentro da UFRJ ?

3 - Quais as politicas que pretende implementar no NCE nas seguintes questões:

colaboradores do NCE
concursos
pós graduação
cursos de extensão
projetos
serviços
UFRJ

4 - Qual a sua visão do que foi, o que é, e o que será o NCE ?

5 - Como pretende sanear financeiramente o NCE ?

6 - Projetos, qual a política ?

7 - Qualificação de pessoal e valorização dos colaboradores

Encaminhem suas propostas para o Blog ou envie pelos comentarios do post

"IBGE: Taxa de desemprego no Brasil sobe para 6,4% em fevereiro, a maior desde agosto de 2010"


O título aí de cima e de matéria de hoje no jornal O Globo, para ilustrar melhor colocarei alguns graficos



Evolução da taxa de desemprego de jan/2010 até Fev/2011



Evolução da taxa de desemprego de 2003 até Fev/2010

quarta-feira, 23 de março de 2011

A nova patente do Google

Por foo

Patentes: Google consegue patentear logo rotativo

O critério para concessão de patentes deveria incluir a novidade, a utilidade e a não obviedade da invenção. Mas não é assim que funciona nos EUA.

- A Microsoft conseguiu patentear o duplo-clique.

- A Amazon conseguiu patentear compras com um único clique.

- E o Google acaba de patentear a idéia de alternar o logo de sua homepage.

De acordo com a patente recentemente registrada:

"Um meio de não transitórios legíveis por computador que armazena instruções executáveis ​​por um ou mais processadores para executar um método para atrair usuários para uma página web, incluindo: instruções para criar um logotipo do evento especial, modificando o logotipo da empresa padrão para um evento especial, onde as instruções para criar o logotipo do evento especial inclui instruções sobre como modificar o logotipo da empresa-padrão com uma ou mais imagens animadas; instruções para associar um link ou resultados de pesquisa com o logotipo do evento especial, o link identificar um documento relativo aoevento especial, a resultados da pesquisa referentes aos eventos especiais,instruções para fazer o upload do logotipo do evento especial para a página da web; instruções para receber uma seleção do usuário do logotipo do evento especial, e instruções para fornecer o documento relativo ao evento especial ou os resultados da procura relacionadas com a evento especial com base na seleção do usuário. "

É isso aí, pessoal: o Google envia imagens para um servidor, junto informações sobre eventos especiais, como a Páscoa, o Ano-novo e o Natal.

Revolucionário!!!

http://www.pcworld.com/article/222941/google_patents_google_doodles.html

terça-feira, 22 de março de 2011

Professores do ensino básico público terão bolsas de mestrado pela Capes

O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (21/3) a criação de bolsas de mestrado à distância para professores da educação básica por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A condição para aquisição do benefício será a permanência de, no mínimo, cinco anos na rede pública de ensino. O anúncio foi feito na cerimônia de outorga da Ordem Nacional do Mérito a 11 educadoras brasileiras, no Palácio do Planalto.

O ministro informou que os cursos deverão ser nas áreas de disciplinas aplicadas na educação, como matemática e biologia, por exemplo, e que além de garantir a melhoria da educação por meio do aperfeiçoamento dos professores, a medida visa incentivar o aumento da oferta dos cursos de mestrado para educadores. Haddad disse que a intenção é que as universidades reajam à provocação feita pelo MEC e ofereçam mais cursos.

“Queremos garantir o prosseguimento do estudo do professor, agora com mais que uma especialização. Seguindo a experiência dos países desenvolvidos do ponto de vista educacional, nós vamos estender as bolsas de mestrado para os profissionais da escola pública que tenham interesse neste diploma ”, explicou o ministro.





A cada mês de março, o benefício será liberado e terá vigência máxima de 24 meses. Existe, também, a possibilidade de concessão de bolsas para mestrados presenciais, desde que em cursos aprovados pela Capes e consideradas algumas situações de interesse específico do Estado. O não cumprimento do compromisso de cinco anos de exercício em escola pública, após o curso de mestrado a distância, implicará a devolução dos recursos.

Fernando Haddad frisou, ainda, que será permitido aos professores acumular o salário e o valor da bolsa, uma vez que o mestrado não exigirá dedicação exclusiva. A medida faz parte de um conjunto de ações para elevar a qualidade da educação básica, definida pelo MEC como “área excepcionalmente priorizada”. A portaria que normatiza a concessão dessas bolsas será publicado no Diário Oficial da União de amanhã (22/3).

Obama no Brasil – Durante entrevista coletiva, o ministro da Educação afirmou que, em conversa com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que esteve em Brasília no último sábado (19/3), surgiu a proposta de ampliar o intercâmbio de estudantes e docentes entre Brasil e EUA. A meta “para ser alcançada em alguns anos”, informou Haddad, é atingir a marca de 100 mil intercambistas.

“Foi uma visita muito bem recebida tanto lá [nos Estados Unidos] quanto cá [no Brasil]. No que diz respeito à área da educação, eu tive a oportunidade de conversar com o presidente Obama, no Palácio da Alvorada, e ele reiterou o interesse dele ampliar em o intercâmbio de estudantes e docentes entre os dois países”, informou.

Fonte: http://blog.planalto.gov.br/professores-do-ensino-basico-publico-terao-bolsas-de-mestrado-pela-capes/

segunda-feira, 21 de março de 2011

O antes, o durante e o depois: Barack Obama e o Brasil

A breve passagem do presidente Barack Obama pelo Brasil foi antecedida por imensa expectativa em alguns círculos, que avaliaram a viagem como um exemplo prático da mudança significativa que a política externa estaria sofrendo no início da administração de Dilma Rousseff em comparação a de seu antecessor Lula. Com base nesta avaliação equivocada, inúmeras imagens foram construídas a respeito do que Obama faria ou diria em solo nacional. Tendenciosas, estas avaliações revelavam uma preocupação extensiva em desqualificar os esforços diplomáticos anteriores.
A breve passagem do Presidente Barack Obama no Brasil nos dias 19 e 20 de março de 2011, em Brasília e Rio de Janeiro, foi antecedida por imensa expectativa em alguns círculos, que avaliaram a viagem como um exemplo prático da mudança significativa que a política externa estaria sofrendo no início da administração de Dilma Rousseff em comparação a de seu antecessor Lula (2003/2010). Com base nesta avaliação equivocada, inúmeras imagens foram construídas a respeito do que Obama faria ou diria em solo nacional.
Iniciando com a abolição dos vistos, passando pela conclusão de um acordo comercial bilateral ao estabelecimento de uma ampla parceria energética no campo do petróleo e biocombustíveis até a declaração formal de apoio ao pleito brasileiro de tornar-se membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSONU), a agenda destes grupos era extremamente abrangente. Tendenciosas, estas avaliações revelavam uma preocupação extensiva em desqualificar os esforços diplomáticos anteriores. A utilização repetida do termo “normalização”, associado na década de 1990 a uma perspectiva periférica e acrítica, passava a idéia de uma relação sustentada somente em conflitos e que estaria sendo substituída pela reintegração ao núcleo de poder norte-americano. Mais ainda, revelava o permanente desconhecimento sobre as motivações estratégicas dos EUA.
Se em 2011 o Brasil recebeu Barack Obama como uma potência global, isto se deve aos esforços internos e externos do país que o qualificaram a este status de forma autônoma. Esta situação não emerge de um relacionamento de mão única com aquele que tradicionalmente foi o maior parceiro político-econômico brasileiro no século passado, mas da busca de alternativas que permitiram solidificar uma ação internacional consistente e coerente com as necessidades do país. Com isso, as motivações estratégicas norte-americanas não derivam destes cálculos simplistas que permearam o debate sobre a política externa brasileira, mas da percepção de que o Brasil e a América do Sul são mais dois espaços nos quais os EUA perderam posições.
Assim, era preciso para os norte-americanos sinalizar que desejam preservar o Brasil em sua esfera de influência diante deste vácuo, como já o haviam feito diante da China, da Índia e da Rússia em ofensivas diplomáticas similares em contatos bilaterais prévios. E, no caso, no Brasil e na região, os EUA não perderam somente posições para a China, hoje o maior parceiro comercial brasileiro e aliado no grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), ou para a Índia, também no BRIC e no IBAS (Fórum de Diálogo Índia, Brasil, África do Sul), ou para a África do Sul, ou para a Rússia, ou para a cooperação Sul-Sul em geral, mas para o próprio Brasil nas Américas e no mundo.
Positivamente, em meio a estes ruídos prévios e construções ideológicas de determinados grupos que ignoravam estas questões, os sinais de Brasília mantiveram a percepção de que a visita de Barack Obama representava o reconhecimento deste processo de consolidação político-econômica-estratégica. Tais sinais já se encontravam presentes nos encontros preparatórios entre os dois países antes da chegada de Obama, e demonstravam clareza quanto o que significava esta viagem: uma oportunidade de aprofundar e promover maior adensamento estratégico das relações bilaterais, a partir do reconhecimento norte-americano do status global de poder do Brasil.
Tendo esta realidade como ponto de partida, de que se tratava de uma viagem de reconhecimento e não de concessões norte-americanas ou subserviência brasileira, deixou-se claro que esta dinâmica bilateral não afeta as prioridades externas do Estado brasileiro em termos de agenda Sul-Sul ou Norte-Sul, demandas e projeção. Parte da iniciativa de ser lider é criar fatos novos, dimensões positivas de interdependência, ação que os emergentes e o Brasil tem feito cada vez de forma mais constante. Neste campo, assumem responsabilidades por seus próprios destinos, e de nações similares ou de menor poder relativo, em suas escalas regionais e em nível global estatal e multilateral.
À medida que na última década o Brasil não manteve sua política ou agenda econômica, atrelada aos EUA, sua importância diante deste país aumentou, da mesma forma que sua vulnerabilidade diminuiu diante das constantes oscilações da política da potência hegemônica. Em seu discurso no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 19 de Março, Barack Obama mencionou iniciativas brasileiras como a UNASUL (União Sul-Americana de Nações) e projetos sociais direcionados às nações do sul no combate à fome e programas de saúde. Ou seja, o Brasil não era mais só o país do futuro, mas que o futuro teria chegado ao Brasil, como afirmou o Presidente dos EUA.
Fortemente, o país demonstrou não ter ilusões de que este reconhecimento traduzir-se-ia, de imediato, em uma mudança concreta da posição norte-americana em determinados temas. Nestes temas, principalmente no comércio bilateral, arena na qual o Brasil demanda maior igualdade e reciprocidade, e na reforma das organizações internacionais governamentais, principalmente no caso das Nações Unidas e seu CS, a posição brasileira foi de sustentar suas reivindicações. Por sua vez, pode-se até considerar que os EUA responderam positivamente em sua retórica, em suas demonstrações de “apreço” pelo pleito brasileiro, pela fala de Obama a empresários que igualou o país à China e Índia. A retórica, porém, não foi acompanhada pela substância da mudança ou pela sinalização de que os norte-americanos estariam dispostos a fazer concessões para engajar de forma diferente o Brasil nestas dimensões.
Acenar com parcerias para o pré-sal, ações conjuntas no campo energético é sinal do novo papel do Brasil, mas também da natureza pragmática do interesse norte-americano em petróleo, mercados em novos espaços que não surjam como tão conturbados como o Oriente Médio, apostando nas nações “amigas”. E, igualmente sendo pragmáticos, são parcerias que trazem inúmeros riscos ao Brasil, caso o país não busque preservar sua soberania nestas negociações, independente do campo. Neste sentido, o papel, por exemplo, da Comissão Brasil-Estados Unidos para Relações Econômicas Comerciais é o de encontrar pontos de consenso possível e equilibrio no setor, preservando a capacidade negociadora brasileira e sua autonomia. O mesmo raciocínio se estende às arenas da biodiversidade, dos diálogos estratégicos, da cooperação técnica e para a organização e segurança da Copa-2014 e das Olimpíadas-2016. O Brasil não pode se furtar a negociar com os EUA, mas precisa atrelar estas conversações a lograr objetivos que permitam a continuidade de seu crescimento e resolução de assimetrias internas via programas sociais.
Chegando ao mundo “real” não deixa de ser simbólico que enquanto Barack Obama acenava às “nações amigas” da América Latina, como o fez no Brasil, e o fará no Chile, com declarações “históricas” sobre as relações entre “iguais” e a consolidação da democracia, os bombardeios aéreos à Líbia atingissem elevada intensidade, depois da autorização do CSONU à operação na sexta-feira 18/03/2011. Em solo brasileiro, a intervenção foi abordada sob o signo da defesa da democracia e motivos humanitários, enquanto prolongam-se protestos e repressões similares em países aliados norte-americanos na região.
Também não deixa de ser simbólico, que nesta votação do CS, os países que se abstiveram e demonstraram preocupação com a ação, fossem os emergentes membros permanentes deste Conselho e nações pleiteantes, membros temporários eleitos: China e Rússia, somados à Brasil, Índia e Alemanha. São nestas manifestações que se desenha o novo mapa geoestratégico global e as complexas dinâmicas de poder do século XXI que motivam as viagens de Obama e suas declarações de igualdade com seus parceiros.
Porém, como se diz no Brasil, os EUA são um “pouco mais iguais” do que os outros: seu poder militar de superpotência e comando residual das organizações internacionais contrasta com uma economia estruturalmente deficiente e uma sociedade doméstica polarizada. Durante e depois de Obama, o Brasil continua sendo o mesmo de antes, consolidando sua ascensão do nível regional ao global, que busca a continuidade de seu projeto político-social-econômico e estratégico. Com os EUA, e com o mundo, dialogar não é sinônimo de concordar, mas de saber ouvir, negociar e falar em nome do interesse nacional.
Cristina Soreanu Pecequilo, Professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Fonte:http://contextolivre.blogspot.com/2011/03/o-antes-o-durante-e-e-o-depois-barack.html

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Corrida ao ouro negro - Grupo britânico de petróleo e gás vai instalar centro tecnológico no Brasil

O Rio de Janeiro vai ganhar um centro tecnológico para o desenvolvimento de pesquisas na área de petróleo e gás. O anúncio foi feito hoje (14) pelo presidente do conselho de administração do BG Group, Robert Wilson, que foi recebido em audiência pela presidenta da República, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.

A previsão, segundo Wilson, é que o centro comece a ser construído logo com uma estimativa de investimento de US$ 1,5 bilhão num período de dez a 15 anos. De acordo com ele, a ideia é desenvolver pesquisas com instituições de todo país. “Esperamos trabalhar também com instituições e universidades de outras partes do país”, disse.

O presidente do conselho de administração informou ainda que o grupo irá investir US$ 30 bilhões no Brasil nos próximos dez anos e que até 2020 o Brasil seja responsável por 30% da produção da BG Group. “O Brasil é uma excelente oportunidade para nós”, afirmou.

A BG Group atua em mais de 25 países na exploração e produção de gás natural liquefeito (GNL), transmissão e distribuição de energia, com participação nas empresas de geração de energia. A empresa detém uma participação de 25% nos campos de Tupi e Iracema, na Bacia de Santos.

Por Yara Aquino
fonte:http://versodanoticia.blogspot.com/2011/03/corrida-ao-ouro-negro-grupo-britanico.html

Nossa pequena Harvard

Escondido em meio à Floresta da Tijuca e pouco conhecido até mesmo dos cariocas, o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada rivaliza em excelência com as melhores universidades americanas

Matéria na integra

"Obama foi anulado pelo conservadorismo de bordel dos EUA"



Em entrevista exclusiva à Carta Maior, a economista Maria da Conceição Tavares fala sobre a visita de Obama ao Brasil, a situação dos Estados Unidos e da economia mundial. Para ela, a convalescença internacional será longa e dolorosa. A razão principal é o congelamento do impasse econômico norte-americano, cujo pós-crise continua tutelado pelos interesses prevalecentes da alta finança em intercurso funcional com o moralismo republicano. ‘É um conservadorismo de bordel’, diz. E acrescenta: "a sociedade norte-americana encontra-se congelada pelo bloco conservador, por cima e por baixo. Os republicanos mandam no Congresso; os bancos tem hegemonia econômica; a tecnocracia do Estado está acuada”.
Redação

Quando estourou a crise de 2007/2008, ela desabafou ao Presidente Lula no seu linguajar espontâneo e desabrido: “Que merda, nasci numa crise, vou morrer em outra”. Perto de completar 81 anos – veio ao mundo numa aldeia portuguesa em 24 de abril de 1930 - Maria da Conceição Tavares, felizmente, errou. Continua bem viva, com a língua tão afiada quanto o seu raciocínio, ambos notáveis e notados dentro e fora da academia e esquerda brasileira. A crise perdura, mas o Brasil, ressalta com um sorriso maroto, ao contrário dos desastres anteriores nos anos 90, ‘saiu-se bem desta vez, graças às iniciativas do governo Lula’.

A convalescença internacional, porém, será longa, adverte. “E dolorosa”. A razão principal é o congelamento do impasse econômico norte-americano, cujo pós-crise continua tutelado pelos interesses prevalecentes da alta finança em intercurso funcional com o moralismo republicano. ‘É um conservadorismo de bordel’, dispara Conceição que não se deixa contagiar pelo entusiasmo da mídia nativa com a visita do Presidente Barack Obama, que chega o país neste final de semana.

Um esforço narrativo enorme tenta caracterizar essa viagem como um ponto de ruptura entre a ‘política externa de esquerda’ do Itamaraty – leia-se de Lula , Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães - e o suposto empenho da Presidenta Dilma em uma reaproximação ‘estratégica’ com o aliado do Norte. Conceição põe os pingos nos is. Obama, segundo ela, não consegue arrancar concessões do establishment americano nem para si, quanto mais para o Brasil. ‘Quase nada depende da vontade de Obama, ou dito melhor, a vontade de Obama quase não pesa nas questões cruciais. A sociedade norte-americana encontra-se congelada pelo bloco conservador, por cima e por baixo. Os republicanos mandam no Congresso; os bancos tem hegemonia econômica; a tecnocracia do Estado está acuada”. O entusiasmo inicial dos negros e dos jovens com o presidente, no entender da decana dos economistas brasileiros, não tem contrapartida nas instâncias onde se decide o poder americano. “O que esse Obama de carne e osso poderia oferecer ao Brasil se não consegue concessões nem para si próprio?”, questiona e responde em seguida: ‘Ele vem cuidar dos interesses americanos. Petróleo, certamente. No mais, fará gestos de cortesia que cabem a um visitante educado’.

O desafio maior que essa discípula de Celso Furtado enxerga é controlar “a nuvem atômica de dinheiro podre” que escapou com a desregulação neoliberal – “e agora apodrece tudo o que toca”. A economista não compartilha do otimismo de Paul Krugman que enxerga na catástrofe japonesa um ponto de fuga capaz, talvez, de exercer na etapa da reconstrução o mesmo efeito reordenador que a Segunda Guerra teve sobre o capitalismo colapsado dos anos 30. “O quadro é tão complicado que dá margem a isso: supor que uma nuvem de dinheiro atômico poderá corrigir o estrago causado por uma nuvem nuclear verdadeira. Respeito Krugman, mas é mais que isso: trata-se de devolver o dinheiro contagioso para dentro do reator, ou seja, regular a banca. Não há atalho salvador’.

Leia a seguir a entrevista exclusiva de Maria da Conceição Tavares à Carta Maior.

CM- Por que Obama se transformou num zumbi da esperança progressista norte-americana?

Conceição - Os EUA se tornaram um país politicamente complicado... o caso americano é pior que o nosso. Não adianta boas idéias. Obama até que as têm, algumas. Mas não tem o principal: não tem poder, o poder real; não tem bases sociais compatíveis com as suas idéias. A estrutura da sociedade americana hoje é muito, muito conservadora –a mais conservadora da sua história. E depois, Obama, convenhamos, não chega a ser um iluminado. Mas nem o Lula daria certo lá.

CM- Mas ele foi eleito a partir de uma mobilização real da sociedade....

Conceição - Exerce um presidencialismo muito vulnerável, descarnado de base efetiva. Obama foi eleito pela juventude e pelos negros. Na urna, cada cidadão é um voto. Mas a juventude e os negros não tem presença institucional, veja bem, institucional que digo é no desenho democrático de lá. Eles não tem assento em postos chaves onde se decide o poder americano. Na hora do vamos ver, a base de Obama não está localizada em lugar nenhum. Não está no Congresso, não tem o comando das finanças, enfim, grita, mas não decide.

CM - O deslocamento de fábricas para a China, a erosão da classe trabalhadora nos anos 80/90 inviabilizaram o surgimento de um novo Roosevelt nos EUA?

Conceição - Os EUA estão congelados por baixo. Há uma camada espessa de gelo que dissocia o poder do Presidente do poder real hoje exercido, em grande parte, pela finança. Os bancos continuam incontroláveis; o FED (o Banco Central americano) não manda, não controla. O essencial é que estamos diante de uma sociedade congelada pelo bloco conservador, por cima e por baixo. Os republicanos mandam no Congresso; os bancos tem hegemonia econômica; a tecnocracia do Estado está acuada...

CM- É uma decadência reversível?

Conceição – É forçoso lembrar, ainda que seja desagradável, que os EUA chegaram a isso guiados, uma boa parte do caminho, pelas mãos dos democratas de Obama. Foram os anos Clinton que consolidaram a desregulação dos mercados financeiros autorizando a farra que redundou em bolhas, crise e, por fim, na pasmaceira conservadora.

CM - Esse colapso foi pedagógico; o poder financeiro ficou nu, por que a reação tarda?

Conceição - A sociedade americana sofreu um golpe violento. No apogeu, vendia-se a ilusão de uma riqueza baseada no crédito e no endividamento descontrolados. Criou-se uma sensação de prosperidade sobre alicerces fundados em ‘papagaios’ e pirâmides especulativas. A reversão foi dramática do ponto de vista do imaginário social. Um despencar sem chão. A classe média teve massacrados seus sonhos do dia para noite. A resposta do desespero nunca é uma boa resposta. A resposta americana à crise não foi uma resposta progressista. Na verdade, está sendo de um conservadorismo apavorante. Forças e interesses poderosos alimentam essa regressividade. A tecnocracia do governo Obama teme tomar qualquer iniciativa que possa piorar o que já é muito ruim. Quanto vai durar essa agonia? Pode ser que a sociedade americana reaja daqui a alguns anos. Pode ser. Eles ainda são o país mais poderoso do mundo, diferente da Europa que perdeu tudo, dinheiro, poder, auto-estima... Mas vejo uma longa e penosa convalescença. Nesse vazio criado pelo dinheiro podre Obama flutua e viaja para o Brasil.

CM – Uma viagem cercada de efeitos especiais; a mídia quer demarcá-la como um divisor de águas de repactuação entre os dois países, depois do ‘estremecimento com Lula’. O que ela pode significar de fato para o futuro das relações bilaterais?

Conceição - Obama vem, sobretudo, tratar dos interesses norte-americanos. Petróleo, claramente, já que dependem de uma região rebelada, cada vez mais complexa e querem se livrar da dependência em relação ao óleo do Chávez. A política externa é um pouco o que sobrou para ele agir, ao menos simbolicamente.

CM – E o assento brasileiro no Conselho de Segurança?

Conceição - Obama poderá fazer uma cortesia de visitante, manifestar simpatia ao pleito brasileiro, mas, de novo, está acima do seu poder. Não depende dele. O Congresso republicano vetaria. Quase nada depende da vontade de Obama, ou dito melhor, a vontade de Obama quase não pesa nas questões cruciais.

CM - Lula também enfrentou essa resistência esfericamente blindada, mas ganhou espaço e poder...

Conceição - Obama não é Lula e não tem as bases sociais que permitiriam a Lula negociar uma pax acomodatícia para avançar em várias direções. A base equivalente na sociedade americana, os imigrantes, os pobres, os latinos, os negros, em sua maioria nem votam e acima de tudo estão desorganizados. Não há contraponto à altura do bloco conservador, ao contrário do caso brasileiro. O que esse Obama de carne e osso poderia oferecer ao Brasil se não consegue concessões nem para si próprio?

CM – A reconstrução japonesa, após a tragédia ainda inconclusa, poderia destravar a armadilha da liquidez que corrói a própria sociedade americana ? Sugar capitais promovendo um reordenamento capitalista, como especula Paul Krugman?

Conceição - A situação da economia mundial é tão complicada que dá margem a esse tipo de especulação. Como se uma nuvem atômica de dinheiro pudesse consertar uma nuvem atômica verdadeira. Não creio. Respeito o Krugman, mas não creio. O caminho é mais difícil. Trata-se de devolver a nuvem atômica de dinheiro para dentro do reator; é preciso regular o sistema, colocar freios na especulação, restringir o poder do dinheiro, da alta finança que hoje campeia hegemônica. É mais difícil do que um choque entre as duas nuvens. Ademais, o Japão eu conheço um pouco como funciona, sempre se reergueu com base em poupança própria; será assim também desta vez tão trágica. Os EUA por sua vez, ao contrário do que ocorreu na Segunda Guerra, quando eram os credores do mundo, hoje estão pendurados em papagaios com o resto do mundo –o Japão inclusive. O que eles poderiam fazer pela reconstrução se devem ao país devastado?

CM – Muitos economistas discordam que essa nuvem atômica de dinheiro seja responsável pela especulação, motivo de índices recordes de fome e de preços de alimentos em pleno século XXI. Qual a sua opinião?

Conceição - A economia mundial não está crescendo a ponto de justificar esses preços. Isso tem nome: o nome é especulação. Não se pode subestimar a capacidade da finança podre de engendra desordem. Não estamos falando de emissão primária de moeda por bancos centrais. Não é disso que se trata. É um avatar de moeda sem nenhum controle. Derivam de coisa nenhuma; derivativos de coisa nenhuma representam a morte da economia; uma nuvem nuclear de dinheiro contaminado e fora de controle da sociedade provoca tragédia onde toca. Isso descarnou Obama.

É o motor do conservadorismo americano atual. Semeou na America do Norte uma sociedade mais conservadora do que a própria Inglaterra, algo inimaginável para alguém da minha idade. É um conservadorismo de bordel, que não conserva coisa nenhuma. É isso a aliança entre o moralismo republicano e a farra da finança especulativa. Os EUA se tornaram um gigante de barro podre. De pé causam desastres; se tombar faz mais estrago ainda. Então a convalescença será longa, longa e longa.

CM – Esse horizonte ameaça o Brasil?

Conceição - Quando estourou a crise de 2007/2008, falei para o Lula: - Que merda, nasci numa crise mundial, vou morrer em outra... Felizmente, o Brasil, graças ao poder de iniciativa do governo saiu-se muito bem. Estou moderadamente otimista quanto ao futuro do país. Mais otimista hoje do que no começo do próprio governo Lula, que herdou condições extremas, ao contrário da Dilma. Se não houver um acidente de percurso na cena externa, podemos ter um bom ciclo adiante.

CM – A inflação é a pedra no meio do caminho da Dilma, como dizem os ortodoxos?

Conceição - Meu temor não é a inflação, é o câmbio. Aliás, eu não entendo porque o nosso Banco Central continua subindo os juros, ainda que agora acene com alguma moderação. Mas foram subindo logo de cara! Num mundo encharcado de liquidez por todos os lados, o Brasil saiu na frente do planeta... Subimos os juros antes dos ricos, eles sim, em algum momento talvez tenham que enfrentar esse dilema inflacionário. Mas nós? Por que continuam a falar em subir os juros se não temos inflação fora de controle e a prioridade número um é o câmbio? Não entendo...

CM - Seria o caso de baixar as taxas?

Conceição - Baixar agora já não é mais suficiente. Nosso problema cambial não se resolve mais só com inteligência monetária. Meu medo é que a situação favorável aqui dentro e a super oferta de liquidez externa leve a um novo ciclo de endividamento. Não endividamento do setor público, como nos anos 80. Mas do setor privado que busca lá fora os recursos fartos e baratos, aumentando sua exposição ao risco externo. E quando os EUA subirem as taxas de juros, como ficam os endividados aqui?

CM – Por que o governo hesita tanto em adotar algum controle cambial?

Conceição - Porque não é fácil. Você tem um tsunami de liquidez externa. Como impedir as empresas de pegarem dinheiro barato lá fora? Vai proibir? Isso acaba entrando por outros meios. Talvez tenhamos que implantar uma trava chilena. O ingresso de novos recursos fica vinculado a uma permanência mínima, que refreie a exposição e o endividamento. Mas isso não é matéria para discutir pelos jornais. É para ser feito. Decidir e fazer.

CM - A senhora tem conversado com a Presidenta Dilma, com Lula?

Conceição - O governo está começando; é preciso dar um tempo ao tempo. Falei com Lula recentemente quando veio ao Rio. Acho que o Instituto dele está no rumo certo. Deve se debruçar sobre dois eixos fundamentais da nossa construção: a questão da democracia e a questão das políticas públicas. Torço para que o braço das políticas públicas tenha sede no Rio. O PT local precisa desse empurrão. E fica mais perto para participar.

"Aliados bombardeiam Líbia "



"O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, venceu o prêmio Nobel da Paz por seus esforços para reduzir os estoques de armas nucleares e por seu trabalho pela paz mundial."

Patentear a esmo não é caminho para Universidades

Por Marcos Assano

Em um artigo da Revista Conhecimento & Inovação (abril a junho de
2010), a Dra. Sonia Federman, do INPI (Instituto Nacional da
Propriedade Industrial), faz uma pequena crítica ao método de
avaliação de pesquisadores pelo número de trabalhos publicados e o não
patenteamento do resultado de suas pesquisas.

Segundo Federman, pesquisadores de centros de pesquisa e universidades
com maior número de publicações têm maior reconhecimento e maior
índice de aprovação de projetos pelos órgãos de fomento. Em 2008,
pesquisadores brasileiros publicaram 30.415 artigos, correspondentes a
2,63% de toda produção científica mundial, com tendência de
crescimento. No entanto, o Brasil se mantém muito abaixo no ranking de
depósito de patentes, estando muito abaixo dos países formadores do
BRIC. Atualmente os artigos publicados superam em 80 vezes o número de
pedidos de patentes no Brasil.

Embora possa parecer, o pedido d e patente não é complicado,
burocrático ou caro, como muitos deles pensam. A concessão, por outro
lado, pode demorar um pouco. Da mesma forma que confeccionar um artigo
cientíco, o pedido de patente pode ser trabalhoso para o pesquisador
no início, mas depois, torna-se um processo automático. Quanto ao
preço, o INPI cobra uma taxa de retribuição de R$ 80 para pessoa
física, ou R$ 200 para pessoa jurídica. Enquanto o tempo de publicação
de um artigo leva em média um ano, a concessão da patente leva de seis
a sete anos (cinco anos nos EUA, dois anos e meio no Japão e na Coréia
do Sul).

O simples depósito do pedido de patente já garante uma expectativa de
direito industrial (o direito consumado vem com a concessão da
patente), enquanto a publicação do artigo científico garante apenas o
direito autoral. Logicamente, nem tudo deve ser patenteado, mas apenas
aquilo que se julgue importante ser protegido.

Quando o pesquisador deposita a patente e uma empresa se interesse em
transformá-la em um produto, eles estabelecem uma parceria com
licenciamento da tecnologia. Caso a patente não esteja depositada, a
empresa pode aproveitar a sua pesquisa, redigir o pedido de patente e
ser sua detentora. Neste caso, o pesquisador não terá como contestar o
direito industrial. O texto cita dois exemplos:

O primeiro é o do remédio Capoten ou Captopril, utilizado por
hipertensos. Um medico paulista apenas publicou o resultados de seus
estudos em um periódico internacional. Uma multinacional farmacêutica
reconheceu o potencial da pesquisa e rapidamente transformou-a em uma
patente de um medicamento já em condições de ser utilizado em
pacientes. A empresa não gastou dinheiro ou tempo de pesquisa, e o
pesquisador não teve como contestar o laboratório.

O segundo exemplo é o de um diamante artificial desenvolvido por
pesquisadores paulistas, este sim, patenteado e publicado. Uma empresa
licen ciou a patente para a fabricação de brocas para uso odontológico
vendidas para vários países, e os pesquisadores (ou o instituto de
pesquisa) colhem os frutos dos royalties.

Desta forma, pesquisas com resultados passíveis de uso comercial no
futuro merecem depósitos de patente para que outros não se aproveitem
gratuitamente destes esforços. E também devem ser publicados
posteriormente para liberar o conhecimento para sociedade. Como no
Brasil a maior parte das pesquisas são financiadas pelo Estado, as
patentes seriam uma forma de proteger estes investimentos feitos com
dinheiro público.

- Texto original: "Publicar ou depositar a patente?", em
http://www.conhecimentoeinovacao.com.br/materia.php?id=374

Marcos Assano

sexta-feira, 18 de março de 2011

IBM inaugura no Rio laboratório de pesquisas

Carlos Alberto Teixeira



RIO - A IBM inaugurou nesta quinta-feira no Rio seu nono laboratório de pesquisas no mundo - o primeiro no hemisfério Sul -, no prédio da empresa, na Avenida Pasteur, na Zona Sul, e seu Centro de Soluções para Recursos Naturais. Mais de 80 países foram inicialmente avaliados para receber esse laboratório e, na fase final da escolha, ficaram na disputa Emirados Árabes, Austrália e Brasil.

O que pesou na decisão foi a riqueza do país em recursos naturais, em especial, recursos hídricos e o pré-sal, além dos megaeventos - Copa do Mundo e Olimpíadas.

- Vamos inaugurar em breve um outro laboratório no país, que ficará na sede da IBM em São Paulo - anunciou Ricardo Pelegrini, presidente da IBM Brasil.

A previsão é de que os laboratórios da IBM Research no Brasil terão mais de cem pesquisadores nos próximos cinco anos, além dos 3.000 PhD's que já atuam nos outros laboratórios da empresa situados nos EUA (três unidades), China, Japão, Suíça, Israel e Índia.

- Nos laboratórios brasileiros conduziremos pesquisas em quatro áreas: exploração de recursos naturais, semicondutores, eventos de larga escala e ciências de serviços - explicou Robert Morris, vice-presidente de laboratórios globais da IBM.

fonte:http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2011/03/17/ibm-inaugura-no-rio-laboratorio-de-pesquisas-924039313.asp

Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Rastreamento de documentos

Integração Radio Corredor NCE

O Gadget, Papo de corredor, é um chat para bater papo, trocar informações ou dar informações. para iniciar o papo, basta criar um nick ou o proprio nome, digitar a mensagem e enviar, enquanto a bolinha estiver verde, estou on line, posso responder na hora ou mais tarde, em geral estou 24 horas conectado através do Iphone. em breve estaremos com twiter e facebook alem do canal streeming PéNoSaku

Eleições coordenador NCE

provaveis candidatos

Claudia Motta
Fabio Marinho
Amauri
Pedro (obviamente candidato a vice)

Tsunami Japão

sexta-feira, 11 de março de 2011

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval Rio 2011


Estarei realizando algumas transmissões ao vivo pelo iphone, acompanhe ao lado

terça-feira, 1 de março de 2011