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terça-feira, 31 de maio de 2011

Educação para o debate - O caso do livro "Por Uma Vida melhor "

Sergio Fausto - O Estado de S.Paulo
Disseram que o livro Por uma Vida Melhor estaria autorizando o desrespeito generalizado às regras da concordância e abolindo a diferença entre o certo e o errado no emprego da língua portuguesa. Tudo isso com o beneplácito do MEC.

A celeuma ganhou os jornais nas últimas semanas. Foi motivada por um trecho no qual se afirma que o aluno pode dizer "os livro". Parece a senha para um vale-tudo na utilização da língua. Não é, mas assim foi lido.

Não conheço a autora nem sou educador, embora vínculos de família me tenham feito conviver com educadoras desde sempre. Escolhi comentar o caso não apenas porque se refere a um tema importante, mas também porque exemplifica um fenômeno frequente no debate público. Tão frequente quanto perigoso.

O procedimento consiste na desqualificação de ideias sem o mínimo esforço prévio de compreendê-las. Funciona assim: diante de mero indício de convicções contrárias às minhas, detectados em leitura de viés ou simples ouvir dizer, passo ao ataque para desmoralizar o argumento em questão e os seus autores. É a técnica de atirar primeiro e perguntar depois. A vítima é a qualidade do debate público.

Existem expressões, e mesmo palavras, que têm o condão de desencadear essa reação de ataque reflexo. Há setores da opinião pública para os quais a simples menção à privatização é motivo para levar a mão ao coldre. No caso em pauta, o gatilho da celeuma foi a expressão "preconceito linguístico" para qualificar a atitude de quem estigmatiza o "falar errado" da linguagem popular. Houve quem aventasse a hipótese de que o livro visasse à justificação oficial dos erros gramaticais do ex-presidente Lula. Um despropósito.

Dei-me ao trabalho de ler o capítulo de onde foram extraídas as "provas" do suposto crime contra a língua portuguesa. Chama-se Escrever é diferente de falar, título que já antecipa uma preocupação com o bom emprego da língua no registro formal, típico da escrita. São algumas páginas. Nada que um leitor treinado não possa enfrentar em cerca de 10 ou 15 minutos de leitura atenta. Se a fizer sem prevenção, constatará que o livro não aceita a sobreposição da linguagem oral sobre a linguagem escrita em qualquer circunstância, como chegou a ser escrito.

Ao contrário, no capítulo em questão, a autora busca justamente marcar a diferença entre a norma culta, indispensável na escrita formal, e as variantes populares da língua, admissíveis na linguagem oral. Não se exime ela do ensino das regras. Mas, em vez de recitá-las, vale-se da técnica da reescrita. Há uma seção particularmente interessante sobre o uso da pontuação. Vale a pena citar uma passagem: "(...) uma cuidadosa divisão em períodos é decisiva para a clareza dos textos escritos. A língua oral conta com gestos, expressões, entonação de voz, enquanto a língua escrita precisa contar com outros elementos. A pontuação é um deles".

Noves fora um certo ranço ideológico, aqui e ali, o livro é de bom nível. Trabalho de gente séria, que merece crédito. E um pouco mais de respeito. Fica o testemunho: a ONG responsável pela obra tem entre seus dirigentes, se a memória não me trai, profissionais responsáveis, no passado, por um dos melhores cursos de Educação para Jovens e Adultos da cidade de São Paulo, o supletivo do Colégio Santa Cruz.

É justamente a esse público que o livro se dirige. Ele é formado por alunos que estão travando contato com a norma culta da língua mais tarde em sua vida. Nesse contato tardio, frequentemente se envergonham do seu falar. Emudecem. Reconhecer a legitimidade do repertório linguístico que carregam é condição para que possam aprender. Não se trata de proteger esse repertório das convenções da norma culta, para supostamente preservar a autenticidade da linguagem popular. Isso, sim, seria celebração da ignorância. E populismo. O livro não ingressa nesse terreno pantanoso.

O que está dito acima se aplica também às crianças quando iniciam o processo de alfabetização. Sabe-se que o primeiro contato com a norma culta da língua é crucial para o desempenho futuro do aluno como leitor e escritor. Sabe-se igualmente que a absorção da norma culta é um longo processo. O maior risco é o de bloqueá-lo logo ao início, marcando com o estigma do fracasso escolar os primeiros passos do aprendizado. No início dos anos 1980, mais de 60% dos alunos eram reprovados na primeira série do ensino fundamental, o que se refletia em altas taxas de evasão escolar. Embatucavam no contato com as primeiras letras (e as primeiras operações aritméticas). Melhoramos desde então? Sim, as taxas de repetência, defasagem idade/série e evasão escolar diminuíram. Parte da melhora se deve à adoção da progressão continuada, outra presa fácil da distorção deliberada, pois passível de ser confundida com a aprovação automática.

Não aprendemos, ainda, porém, como assegurar a qualidade desejada no aprendizado da língua. Mas há sinais de vida. O desempenho dos alunos em Português vem melhorando, em especial no primeiro ciclo do ensino fundamental, conforme indicam avaliações nacionais e internacionais, ainda que mais lentamente do que seria desejável e necessário. A verdade é que o desafio é enorme: não faz muitos anos que as portas da educação fundamental se abriram para todos e a escola passou a ter de ensinar ao "filho do pobre" - dezenas de milhões de crianças - a norma culta da língua, que seus pais não dominam.

Há muita discussão e aprendizado a serem feitos para vencer esse desafio. É ótimo que todos queiram participar. Mas é preciso educar-se para o debate. Isso implica desde logo dar-se ao trabalho de conhecer o tema em pauta e ter a disposição de entender o ponto de vista alheio antes de desqualificá-lo. Sem querer ser pedante, é o que dizia Voltaire, séculos atrás: "Aprendi a respeitar as ideias alheias, a compreender antes de discutir, a discutir antes de condenar". Todo mundo ganha com isso.

DIRETOR EXECUTIVO DO iFHC, É MEMBRO DO GACINT-USP

fonte:http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110529/not_imp725367,0.php

Google cria ferramenta de busca para monitorar casos de dengue


RIO - O Google anunciou nesta terça-feira uma ferramenta chamada Google Dengue Trends, um sistema que monitora os resultados das buscas sobre a doença na Bolívia, no Brasil, na Índia, na Indonésia e em Cingapura e os compara a dados oficiais sobre casos da doença, segundo o site "Today".

Segundo a gerente de comunicação corporativa do Google no sudeste asiático, Therese Lim, os termos de busca da ferramenta têm grande relação com o atual número de casos de dengue no mesmo período das buscas, de acordo com estimativas oficiais.

Em nota, o Google disse que "mesmo se uma pessoa não afetada pela doença procurar por dengue, um há padrão pelo qual todas as buscas relacionadas à doença vão aparecer".

O projeto foi desenvolvido em conjunto com o Hospital Infantil de Boston e a Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos e o modelo pode facilitar uma reação mais rápida do governo para proteger a população, sem demora na análise dos dados.

A ferramenta faz parte do Google Correlate, um serviço inaugurado na última semana que relaciona análise de buscas no site com dados coletados em pesquisas convencionais por governos e organizações.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/05/31/google-cria-ferramenta-de-busca-para-monitorar-casos-de-dengue-924574916.asp#ixzz1Nx8PN1ek
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Veja o Google Dengue

Cartilha sobre Assédio Moral


Assédio Moral

O rato e o fazendeiro, uma fábula em sintonia com o dia

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.

Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.

Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !!

A galinha disse:

- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até o porco e disse:

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira !

- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.

O rato dirigiu-se � vaca. E ela lhe disse:

- O que ? Uma ratoeira ? Por acaso estou em perigo? Acho que não !

Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.

A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.

No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher… O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.

Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.

Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.

A mulher não melhorou e acabou morrendo.

Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

“Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos.”

segunda-feira, 30 de maio de 2011

''A Internet vai salvar os livros''









































Robert Darnton, professor de Harvard, explica o seu projeto, alternativo ao doGoogle: uma biblioteca universal, aberta a todos, a ser implementada na Internet. "Nos EUA, os textos autoproduzidos são três vezes mais numerosos do que os publicados por editoras comerciais". "Alguns estão convencidos de que democratizar o conhecimento significa vulgarizá-lo. No século XIX, temia-se a mesma coisa".

A reportagem é de Benedetta Craveri, publicada no jornal La Repubblica, 27-05-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Duas vocações se cruzam e se iluminam reciprocamente no 11 ensaios que Robert Darnton reuniu agora em Il futuro del libro [O futuro do livro] (Ed. Adelphi, 273 páginas). A primeira é a do historiador que, através de um trabalho extraordinário de escavação nos arquivos do passado, trouxe novamente à luz um século XVIIIunderground destinado a contribuir de modo incisivo para o final do Antigo Regime



A segunda é a do intelectual comprometido que olha para o futuro interrogando-se sobre os problemas relativos à transmissão do saber de amanhã. De outro lado, a sua própria posição de diretor da biblioteca de Harvard confronta Darnton cotidianamente com a necessidade de conservar e ao mesmo tempo de inovar. Por fim, há um terceiro fator que contribui para tornar Il futuro del libro uma leitura apaixonando, que é a arte de narrar do seu autor.

Eis a entrevista.

Professor Darnton, o senhor escreve que digitalizar é democratizar. Mas que uso poderá fazer dessa imensa oferta de "leitura democrática" uma sociedade de massa que lê cada vez menos, que antepõe a imagem ao texto e é, em grande parte, desprovida de instrumentos interpretativos necessários?

O termo "democratização" pode parecer alarmante se aplicado à cultura, sobretudo na cultura americana tal como é vista pela Europa. Em seu livro, escrito em polêmica com oGoogle – Quand Google défie l'Europe – Jean-Noël Jeanneney usa o argumento dos algoritmos e do sistema de avaliação baseado na frequência dos acessos para denunciar um "populismo cultural", como se a digitalização em massa dos livros ameaçasse afogar a Europa em uma cultura de massa alienante. Os europeus podem permanecer aficionados – como eu sou – ao venerável código impresso, mas os norte-americanos leem livros eletrônicos com uma avidez igual, senão maior – como demonstram os últimos dados da Amazon –, à que leem os livros impressos.

Qual é o panorama que surge disso?

Em 2011, pelo menos 20% do total das vendas será de livro adaptados para dispositivos de leitura que estão em suas mãos. Parece que a própria prática da leitura está aumentando, especialmente no setor dos gêneros populares, tais como as histórias de romance ou os livros policiais. Isso quer dizer que democratizar significa vulgarizar? Talvez. Isso era o que muitos europeus da segunda metade do século XIX já lamentavam diante do sucesso de romances baratos e dos jornais. Eu compartilho a opinião deRichard Hoggart, de Marcel Certeau, de Carlo Ginzburg e de Roger Chartier, que defendem que os leitores plebeus tinham a capacidade de captar toda a riqueza dos significados dos textos "populares" adaptando-os à sua própria cultura.

O senhor também fala da "democratização da escrita". A que se refere?

Trata-se de um fenômeno muito interessante. Nos Estados Unidos, em 2009, foram publicados 288.355 livros por editoras comerciais. A estes, devem ser acrescentados os 764.448 novos títulos de autores que se autopublicam. Uma vez, os livros eram escritos para o leitor comum. Hoje, é o leitor comum que os escreve.

Até que ponto é possível comparar, como o senhor faz, a rede de informação sem fronteiras oferecida hoje pela Internet com a circulação das ideias na Paris do século XVIII? Os intelectuais do Iluminismo – Voltaire na frente – buscavam o objetivo de difundir o saber em benefício das elites e certamente não do povo.

Voltaire, sem dúvida, ficaria horrorizado diante da situação atual. Ele não se cansava de defender que era arriscado ensinar os camponeses a ler, porque era preciso que alguém cultivasse os campos. Os iluministas foram muito longe na sua exigência de refinamento. Mas, quando consideramos de modo global a idade do Iluminismo, vemos que muitas ideias circulavam de forma fragmentada, exatamente como na Internet. Basta pensar nas conversas trocadas em torno da chamada "árvore da Cracóvia" no Palais-Royal, nosbon-mots rabiscados em pedaços de papel, nos versos improvisados nas árias populares. Estou convencido de que temos que proceder a uma reconstrução completa "do ecossistema de informações" do passado. Ao fazer isso, poderemos ter uma visão mais clara do futuro. Longe de mim querer assumir o ditado de que "quanto mais as coisas mudam, mais continuam as mesmas", mas, em Il futuro del libro, procurei mostrar como as longas linhas de continuidade interconectam fases diferentes da história.

O senhor não se cansa de lembrar como a garantia da democracia, para a Internet, é incompatível com a política de monopólio do Google.

O problema da democratização foi posto pelo Google Book Search de um novo modo. À primeira vista, essa iniciativa tinha a vantagem de colocar milhões de livros à disposição de milhões de leitores. Mas havia um preço a pagar, o da assinatura do acesso ao gigantesco banco de dados do Google. Ao invés de democratização, encontramo-nos, portanto, diante de uma perspectiva de comercialização. O perigo se tornou evidente quando o Google assinou um acordo econômico com os escritores e os editores que o haviam processado por ter violado os direitos autorais. O público não estava autorizado a dizer a sua opinião, mas um tribunal de Nova York se recusou a aprovar o acordo.

Qual é a alternativa possível?

Um grupo de pessoas do qual eu faço parte está tentando criar uma Biblioteca Pública Digital dos Estados Unidos (Digital Public Library of America), que se propõe a competir e a vencer o Google em seu próprio campo, tornando acessível gratuitamente o patrimônio cultural norte-americano não só a todos os norte-americanos, mas ao mundo inteiro. Ao invés de depender do Estado no plano financeiro, visamos a uma coalizão de fundações privadas. Um consórcio de bibliotecas disponibilizará os livros e os outros materiais. São muitos ainda os problemas técnicos, jurídicos e administrativos, mas esperamos apresentar um primeiro modelo até o fim deste ano.

E as suas previsões sobre o futuro?

Vivemos um momento extraordinário da história das comunicações. Tudo é fluido e em contínua mudança. Se soubermos aproveitar o momento, podemos determinar o nosso futuro, para o bem público. Devemos digitalizar – digitalizar e democratizar.

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=43745

sábado, 28 de maio de 2011

O golpe do pregão eletrônico

Empresários usam programa de computador para fraudar os leilões eletrônicos do governo e Ministério do Planejamento admite que ainda não sabe como evitar esta prática que se espalha pelas concorrências públicas

Lúcio Vaz

O pregão eletrônico foi criado em dezembro de 2000 para dar maior transparência e proporcionar igualdade de condições nas concorrências públicas. Ele deveria eliminar a corrupção, dando um fim no risco de conluio entre empresas, num jogo de cartas marcadas. Após dez anos, o sistema já movimentou R$ 103 bilhões, mas o propósito inicial de transparência, da isonomia e da lisura está ameaçado. Programas de computadores espiões não autorizados pelo governo, conhecidos como robôs eletrônicos, estão sendo usados para fazer lances automáticos, em fração de segundos, de forma a manter um dos concorrentes sempre com o menor preço e sempre à frente de seus concorrentes. Quando o pregão acaba, ele, em condição privilegiada, invariavelmente vence a licitação.



O governo federal tem conhecimento do problema. E afirma que vem tentando impedir o uso de robôs, para garantir igualdade de condições entre os participantes da concorrência. No entanto, não vem obtendo sucesso nessa tarefa. Ao mesmo tempo que faz um mea-culpa por não conseguir coibir a artimanha, o Ministério do Planejamento sustenta que a prática não é ilegal e é quase impossível eliminá-la. Posição diametralmente oposta à do Tribunal de Contas da União, que considera o uso dos robôs eletrônicos como uma irregularidade grave, por ferir o princípio da isonomia. O tribunal já exigiu que o governo encontre uma maneira de impedir o uso dos robôs, mas até agora nada.

Depois de perder várias licitações para um robô, um empresário de Brasília resolveu comprar um desses softwares da empresa MAC Control, especializada na comercialização de programas desse tipo. Custou-lhe R$ 5 mil. O empresário (fotografado de costas, à cima) não quer ser reconhecido. Dono de uma empresa de comunicação social, ele descobriu que o programa é capaz de invadir o ambiente virtual do site Comprasnet, do Ministério do Planejamento, e capturar os lances enviados pelas demais empresas. Em milésimos de segundos, o robô faz um lance menor, com a diferença de valor programada. Na prática, ele funciona como uma espécie de interceptador das informações que o próprio Ministério do Planejamento envia para todos os usuários do Comprasnet. Antes mesmo que a mensagem de que um outro concorrente reduziu o preço chegue aos computadores daqueles que não dispõem de um robô eletrônico, o programa reduz o preço ofertado. Muitas vezes, um usuário chega a fazer propostas com valor maior do que a que está em vigor, por conta da diferença de tempo entre seu lance e o lance do robô.

Na conversa com um revendedor do software, o empresário perguntou se seria impossível perder caso utilizasse o programa. “A probabilidade de você ganhar é de mais de 95%”. O empresário então questiona se o programa não poderia ser vendido a um concorrente: “A gente vai fazer um contrato de exclusividade”, respondeu o vendedor, que também defendeu a legalidade dessa prática e ofereceu referências. “A Embratel usa o nosso software há dois anos. Você acha que, se fosse ilegal, a Embratel ia se meter com isso?”. O vendedor, porém, não quis explicar como o programa entra no ambiente do Comprasnet. “Isso é o pulo do gato”, explicou. A conversa foi gravada pelo empresário, que forneceu à ISTOÉ uma cópia dos diálogos.

A Embratel, que pertence ao bilionário mexicano Carlos Slim, nega que utilize robôs em licitações e afirma que não contratou os serviços da MAC Control. Na proposta que faz a seus potenciais clientes, a empresa dona do software especifica a facilidade de informática que oferece: “Envio instantâneo de lances baseados no último menor lance, rápida análise e envio instantâneo de lances vencedores e função para cobrir automaticamente microempresa”. Mais adiante, outra informação preciosa. Durante a vigência do contrato, a MAC Control promete atualizações no software, que estaria “diretamente interligado” ao site Comprasnet. O dono da Control, Pedro Ramos, disse que o uso de robô não seria ilegal, mas assegurou que deixou de usá-lo desde janeiro deste ano, quando teria sido fixado um intervalo mínimo de seis segundos entre as propostas, algo que não está sendo cumprido na prática.



ISTOÉ apurou, nos registros do próprio site oficial do governo, vários casos de usos de robôs nos últimos 12 meses. No pregão realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações, em 2 de maio deste ano, a empresa LDC Comunicação fez 10 lances com intervalos médios de um décimo de segundo para a proposta anterior, todos eles com diferença de R$ 30 para menos. Outros dez lances, igualmente supervelozes, tinham variação no deságio. A empresa que perdeu a concorrência, a Clip & Clipping, entrou com recurso, alegando o uso irregular de robô. A LDC sustenta que não usa robôs. Os intervalos reduzidos seriam conseguidos com a utilização de quatro monitores. Mas o dono da LDC, Luís Mendonça, não soube explicar por que os lances rápidos, invariavelmente, têm a mesma diferença de valor para a proposta anterior. O caso está em julgamento na Anatel.

Diante das informações sobre o uso de robôs eletrônicos, o Ministério do Planejamento garantiu que está atento às investidas dessas novas tecnologias. E, quando detectadas, seriam neutralizadas por outras ferramentas, para barrar a vantagem de um dos concorrentes. O problema é que os robôs estão sendo sempre aperfeiçoados. “A gente tenta coibir, mas é difícil”, diz o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Planejamento, Delfino de Souza. “É uma corrida atrás do rabo o tempo todo, mas não há ilegalidade porque (o uso de robôs) não está proibido por lei”, completa o diretor de Serviços do ministério, Carlos Henrique Moreira.

Não é o que entende o Tribunal de Contas da União (TCU). Em julho do ano passado, o tribunal determinou ao Ministério do Planejamento, no prazo de 90 dias, “a promoção da isonomia entre os licitantes do pregão eletrônico, em relação à possível vantagem competitiva que alguns licitantes podem obter ao utilizar dispositivos de envio automático de lances (robôs)”. Em outubro, o Planejamento solicitou ao Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) o desenvolvimento de mecanismos que identificassem a presença de robôs nos pregões. Algumas medidas foram adotadas a partir de janeiro deste ano, mas não resolveram definitivamente o problema. Em 23 de março, o relator do processo no TCU, ministro Valmir Campelo, reafirmou a sua posição em relação ao uso de robôs em pregões eletrônicos. Ele solicitou, então, que os auditores do tribunal fizessem um monitoramento para apurar as providências adotadas pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Planejamento. O monitoramento estava previsto para o segundo semestre deste ano. Diante dos novos fatos, o TCU decidiu realizar o trabalho a partir desta segunda-feira 30.

Carlos Henrique Moreira, o diretor de Logística, diz que não será fácil atender o TCU. “O que eles querem não é trivial. Não temos 100% de certeza do procedimento”, explica. O governo, portanto, ainda não encontrou um antídoto para o ataque tecnológico.

http://www.istoe.com.br/reportagens/139247_GOLPE+NO+PREGAO+ELETRONICO?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage


Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-golpe-no-pregao-eletronico

Entenda a crise na Europa


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quarta-feira, 25 de maio de 2011

No RJ, 10 são acusados por suposta fraude em concurso

A 5ª Vara Federal de São João de Meriti (RJ) recebeu denúncia do
Ministério Público Federal (MPF) contra dez pessoas acusadas de
fraudar um concurso nacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em
2007. As provas, que resultariam na contratação de 340 pessoas, foram
adiadas depois de recomendação do MPF, que informou à Justiça sobre o
vazamento. Os prejuízos aos cofres públicos foram de R$ 10 milhões,
segundo os procuradores.

A denúncia foi encaminhada em dezembro de 2010 e recebida pela 5ª Vara
no último dia 17 de maio, mas a informação foi divulgada somente hoje
pela assessoria de imprensa do MPF. Entre os acusados, seis estavam
inscritos no concurso, três eram servidores do Ministério Público
Estadual (MP-RJ) e um trabalhava no Núcleo de Computação Eletrônica
(NCE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responsável
pela organização do concurso.


Segundo o MPF, José Augusto Barbosa, que trabalhava no NCE/RJ, roubou
a prova na gráfica contratada para a impressão. Ele teria sido
"instigado" pelos funcionários do MP-RJ, Sales Ximenes Aragão e
Aluisio Gomes da Silva. Os dois repassaram o documento ao colega de
trabalho Marcelo Tancredo, que por sua vez cedeu aos candidatos Marcos
Oliveira Pereira, Raphael Oliveira Campos, Ricardo Cunha Sobreira,
Claudio Cardoso Lima e Douglas Ribeiro.


Os réus respondem pelos crimes de corrupção (ativa e passiva),
receptação, peculato (desvio de bens públicos por servidor), e
violação de sigilo funcional. A defesa dos envolvidos têm um prazo de
10 dias úteis, contados a partir de 17 de maio, para responder à
acusação.

Fonte:http://br.noticias.yahoo.com/rj-10-s%C3%A3o-acusados-suposta-fraude-concurso-200500134.html

MPF denunciou dez por fraude em concurso da Polícia Rodoviária Federal

RIO - Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira, o Ministério
Público federal anunciou que denunciou dez fraudadores do concurso
nacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de 2007. A denúncia foi
recebida pela 5ª Vara Federal de São João de Meriti (RJ).

Ao acolher a ação penal, movida em dezembro, a Justiça dá início ao
processo motivado pela venda do gabarito de uma prova que não foi
aplicada por recomendação do MPF. Seis réus estavam inscritos no
concurso e os outros quatro são servidores lotados na Universidade
Federal do Rio de Janeiro, organizador do concurso, e no Ministério
Público do Estado (MP-RJ).

A pedido do MPF, a Justiça também bloqueou os bens dos réus visando a
reparação dos prejuízos aos cofres públicos, estimados em cerca de R$
10 milhões pelos procuradores. Os réus respondem pelos crimes de
corrupção (ativa e passiva), receptação (recebimento de produto de
crime), peculato (desvio de bens públicos por servidor) e violação de
sigilo funcional.

Com base na análise de telefonemas dos investigados, o MPF concluiu
que o responsável pelo furto da prova na gráfica contratada para
imprimi-la foi o servidor José Augusto Barbosa, do NCE/UFRJ (réu por
peculato, corrupção passiva e violação de sigilo funcional).

O delito foi instigado por Sales Ximenes Aragão e Aluisio Gomes da
Silva, servidores do MP-RJ (corrupção ativa e receptação qualificada),
que repassaram a prova, por meio do colega Marcelo Tancredo, para o
candidato Jayth Rodrigues Mauricio. Ele, por sua vez, repassou aos
candidatos Marcos Oliveira Pereira, Raphael Oliveira Campos, Ricardo
Cunha Sobreira, Claudio Cardoso Lima e Douglas Ribeiro (receptação).

A prova do concurso da PRF que ocorreria em dezembro de 2007 foi
adiada por recomendação do MPF após a descoberta de que um gabarito
tinha vazado. Com provas aplicadas nas regiões Norte e Centro-Oeste
(inclusive Brasília), o concurso oferecia 340 vagas para policial
rodoviário.


Fonte:http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/05/25/mpf-denunciou-dez-por-fraude-em-concurso-da-policia-rodoviaria-federal-924534323.asp

A Era da colaboração





Redes Sociais

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domingo, 22 de maio de 2011

Efeitos do voto na Boas Ideias

Porre é um fenômeno no qual a pessoa ultrapassa os limites etílicos que seu corpo pode suportar, durante o qual a consciência limita-se. Ele é precedido por episódios de náusea, dores de cabeça, fadiga corporal e eventuais arrependimentos, podendo, ou não, ser acompanhado por uma pessoa muito especial: o Ugo.

Um verdadeiro porre

Gingles de campanha Boas Ideias


Eleitor cheio de boas ideias

Ideologo e martir da chapa boas ideias

The Big All

"I take all"

Campanha agressiva


A chapa da Boa Ideia protesta junto a Reitoria da UFRJ por conta da campanha difamatória e agressiva da chapa da oposição, os homens bons da chapa 51 se dizem perseguidos e ameaçados, na foto abaixo blitz de caça as boas ideias

A chapa da Boa Ideia atrai apoios de peso






sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fiocruz e Butantã na mira de Bill Gates

Excelentes as articulações desenvolvidas pelas autoridades de Saúde do Brasil – à frente o ministro Alexandre Padilha – que resultaram no agendamento do encontro no dia 20 de julho, nos Estados Unidos, entre o megaempresário Bill Gates e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

Os dois vão discutir investimentos da Fundação Bill e Melina Gates – maior financiadora particular de iniciativas de saúde no mundo – no desenvolvimento de vacinas e principalmente em sua produção pelos dois laboratórios brasileiros de forma a baixar o custo destes medicamentos em todo o mundo.

Fundador da Microsoft e 1º colocado na maioria das listas de milionários do mundo (fortuna de US$ 57 bi) Bill Gates é um dos maiores filantropos da atualidade. Ele programa fazer doações aos dois laboratórios brasileiros para que produzam imunizantes para exportação – principalmente vacinas contra febre amarela.
Iniciativa visa baixar preço de vacinas em todo o mundo

Seu principal objetivo é fazer com que estas vacinas entrem no mercado com o menor preço do planeta e assim, forcem os demais laboratórios a também derrubar os preços de seus imunizantes. O mercado de vacinas movimenta hoje no mundo a mais de US$ 24 bi por ano.

Bill Gates, através de sua Fundação é hoje o segundo maior doador da Organização Mundial de Saúde (OMS) das Nações Unidas, superado apenas pelo governo dos Estados Unidos.Os entendimentos com as autoridades e os dois laboratórios brasileiros começaram em meados do ano passado, quando o filantropo norte-americano mandou seus técnicos ao Brasil para estudarem a possibilidade de transformar a Fiocruz e o Butantã nas duas maiores bases mundiais de exportação de vacinas.

“Meu pessoal ficou muito impressionado com a qualidade do trabalho” contou o megaempresário em entrevista publicada no Estadão de hoje, na qual adianta que só espera, agora, a definição do Brasil sobre quais vacinas ganharão prioridade no processo.

“Década da vacinação”

Bill Gates deu a entrevista na sede da OMS em Genebra, quando convocou os ministros da Saúde de todo o mundo a lançar a “década da vacinação” e imunizar 10 milhões de crianças até 2010.

Leiam mais sobre esta movimentação de Bill gates em relação aos dois laboratórios brasileiros nas matérias que ocupam uma página no Estadão, hoje, com os títulos Bill gates sonda laboratórios do País para financiar procdução de vacinas; OMS reém de doares preocupa países; Butantã confirma participação em concorrência; e Transferência de tecnologia alavanca Bio-Manquinhos.

Fonte: http://correiodobrasil.com.br/fiocruz-e-butanta-na-mira-de-bill-gates/241702/

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Analfabeto Politico - Bertolt Brecht






O Analfabeto Político
Berthold Brecht


O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

ENTREVISTA COM UM GENERAL FUZILEIRO NAVAL DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

ENTREVISTADORA: Gen. Reinwald, o que sua corporação irá ensinar a estes jovens meninos enquanto visitam sua base?

GEN. REINWALD: Nós vamos ensinar-lhes alpinismo, canoagem, arco-e-flecha e a atirar.

ENTREVISTADORA: Atirar! Isso me parece um tanto irresponsável, não é?

GEN. REINWALD: Eu não vejo porque; eles serão adequadamente supervisionados no estande de rifle.

ENTREVISTADORA: Você não admite que esta é uma atividade terrivelmente perigosa para ser ensinada a crianças?

GEN. REINWALD: Eu não vejo como. Nós daremos as aulas apropriadas de rifle antes mesmo que toquem uma arma de fogo.

ENTREVISTADORA: Mas você não estará capacitando-os para que se transformem em assassinos violentos?!

GEN. REINWALD: Bem, moça, você é plenamente equipada para ser uma prostituta, mas você não é uma, é?

Fez-se silêncio e a entrevista foi encerrada.

terça-feira, 10 de maio de 2011

As redes sociais e o ambiente de trabalho

Do UOL

Companhias tentam controlar as opiniões de seus funcionários nas redes sociais

EL PAÍS

Ramón Muñoz
Em Madri (Espanha)

Iniciar a sessão no Twitter depois de uma discussão com o chefe, ou
procurar no mural do Facebook um desafogo depois de um dia de trabalho
pouco reconfortante podem ser decisões fatais. As redes sociais são
coisa do diabo porque nelas, à diferença de outras mídias, a fronteira
entre o privado e o público é tão sutil que é quase impossível
discernir se um comentário crítico sobre a empresa para a qual
trabalhamos faz parte da liberdade de expressão na esfera da
intimidade ou pode ser considerado um ato de indisciplina.


Um Twitter ácido contra um superior, ou outro no qual se critiquem as
condições de trabalho, pode representar uma sanção ou a demissão. A
pouca idade das redes sociais impede que exista uma legislação
concreta sobre o assunto. Por isso vai se acumulando uma
jurisprudência fruto de sentenças isoladas, muitas delas
contraditórias, pelo uso inadequado desses poderosos instrumentos de
comunicação.


As empresas vigiam cada vez mais as opiniões de seus empregados nas
redes sociais, que também se transformaram em uma plataforma de
marketing para as firmas. No Twitter, 94,87% dos usuários seguem
alguma empresa, segundo um estudo da Associação Espanhola da Economia
Digital. E são cada vez mais as que aplicam códigos internos de
conduta para impedir que a inspiração literária de seus funcionários
prejudique sua imagem corporativa ou crie um clima interno negativo.

No caso dos meios de comunicação, o debate se amplia ainda mais, pois
a matéria com que seus empregados trabalham é a informação e a
opinião. Veículos tão poderosos como The Wall Street Journal, The
Washington Post, BBC, Reuters ou Bloomberg redigiram normas estritas
para seus jornalistas. Revelar fontes, divulgar opiniões contrárias à
linha do veículo ou empregar uma linguagem inadequada são algumas de
suas proibições. Elucidar se fazem parte do controle editorial ou são
uma forma sibilina de censura começa a ser matéria de debate entre a
profissão.

Nos EUA, berço das redes sociais mais populares, o debate também
avança. Dawmarie Souza, funcionária de uma companhia de ambulâncias de
Connecticut, foi demitida no ano passado depois de publicar no
Facebook um comentário descritivo sobre seu chefe (o qualificou com o
código usado para os pacientes psiquiátricos). A Junta Nacional de
Relações Trabalhistas (NLRB na sigla em inglês), órgão governamental
que vigia as práticas trabalhistas injustas, processou a American
Medical Response, empresa em que Souza trabalhava, por entender que a
política que impunha a seus trabalhadores de publicação na Internet
era "vaga demais" e "continha dispositivos ilegais". A NLRB estimou
que os empregados também têm na Internet o direito a comentar "os
termos e condições de seu emprego com os demais". A empresa se dobrou
e em fevereiro passado chegou a um acordo monetário com a funcionária.
O fato de o comentário ter sido feito na casa dela e com uma conta
pessoal foi decisivo.

Menos sorte teve Kimberley Swann, uma jovem inglesa de 16 anos que
qualificou em seu perfil no Facebook de "dia muito aborrecido" sua
primeira jornada de trabalho nos escritórios da Ivell Marketing &
Logistics. Seu chefe quis evitar que continuasse se aborrecendo e a
demitiu de modo fulminante, apesar de a funcionária em nenhum momento
ter mencionado o nome da empresa. No Facebook criou-se um grupo de
apoio a sua causa.

Na Espanha, a Generalitat (governo provincial) da Catalunha suspendeu
por três meses o professor de latim de uma escola de El Morell
(Tarragona), por ter feito comentários insultuosos ou intimidantes
contra o diretor e outros professores através do Facebook, ao mesmo
tempo que pedia a seus alunos que aderisse à campanha.

"Não há norma que regulamente esse tema expressamente. O conflito de
alguns anos sobre se as empresas podiam espionar ou não o correio
eletrônico de seus funcionários [o Tribunal Supremo resolveu em 2007
que grampear os e-mails é invasão da intimidade] se transferiu agora
para as redes sociais, embora neste caso seja mais complicado decidir
entre o uso pessoal e o profissional. Mais que uma lista de normas
estritas, as empresas devem articular uma série de regras simples para
ajudar seus empregados a não agir errado", opina Jesús Herranz,
gerente de novas tecnologias da BDO Abogados.

Nesses conflitos não se decide uma sanção disciplinar, contida na
norma trabalhista, como as que sofreram dezenas de trabalhadores por
faltar ao trabalho e depois publicar imprudentemente no Facebook fotos
de noites de farra. Aqui se trata de opiniões pessoais, comentários
entre colegas como os que são feitos na máquina de café ou enviados
por e-mail e por torpedos, mas utilizando como canal as redes sociais.
E seu controle fica à mercê da arbitrariedade e da casualidade de que
um chefe ou colega o veja e o divulgue, pois a maioria das empresas
não tem normas específicas.

De fato, uma pesquisa da consultoria Manpower Professional revela que
75% dos empregados afirmam que suas empresas não têm uma política
formal sobre o uso das redes sociais no trabalho. "Isso sugere que uma
ampla maioria de empresas está adotando a posição de esperar para ver
o que acontece antes de desenvolver suas próprias políticas sobre o
uso das redes sociais", diz o estudo.

"De acordo com artigo 20 do Estatuto de Trabalhadores, o que o
empregado fizer dentro da jornada ou na representação da empresa entra
no contrato, e se aplica a boa-fé contratual, isto é, ele deve cumprir
fielmente seu contrato e evitar causar danos à empresa com seu
comportamento, como prejudicar sua reputação corporativa. É aqui que
se deve distinguir entre o que alguém diz em uma rede social como
cidadão amparado pela liberdade de expressão e o que diz como
representante de uma empresa. E aqui novamente, e com um traço grosso,
e que cabe distinguir o que se diz em uma conta corporativa, na qual
aparece o cargo que ocupa, do que se diz em uma pessoal, na qual não
se inclui o cargo", diz Paloma Llaneza, advogada especialista em novas
tecnologias.

O panorama está mudando. As empresas são conscientes de que sua imagem
depende da rede. E de que para cuidar dela é muito mais importante que
seus empregados se expressem apropriadamente no Facebook ou Twitter do
que usar terno e gravata. Apostam muito nisso. Mesmo que só seja
porque 83,4% dos internautas utilizam alguma rede social (última
pesquisa da Ocio Networks).

Para controlar e administrar essas ferramentas sociais em benefício
das empresas, tanto interna como externamente, nasceu uma nova
profissão, os "community managers" [gerentes de comunidade], cuja
demanda se multiplicou por oito em 2010, segundo o relatório da
agência de empregos online Infojobs.

E não só as empresas. Também os trabalhadores precisam se transformar
em seus próprios "community managers" e cuidar de seus perfis na
Internet. As redes sociais podem servir para encontrar um emprego ou
como trampolim na carreira profissional. Retuitar as ocorrências do
chefe ou comentar elogiosamente as fotos de suas férias no Facebook se
transformou em um clássico.

"As empresas também vão à rede buscar informação sobre os possíveis
candidatos: o currículo é a fonte principal, mas não a única. Devemos
ter muito presente o que a rede diz sobre nós: administrar nossa
reputação online. É importante estar nessas redes, mas sempre cuidando
da informação que oferecemos sobre nós", diz Marcela González, da
Infojobs.

O conluio entre empresa e empregados pode ser inevitável. "Estão em
jogo dois tipos de direitos, os de expressão e de privacidade do
trabalhador e o direito patrimonial da empresa a não sofrer danos
imateriais, como podem ser a reputação mercantil ou a imagem diante
dos consumidores. Não há uma legislação sobre uso laboral de novas
tecnologias nem sobre preconceitos que a empresa possa sofrer por
causa de opiniões de trabalhadores nem em meios tradicionais nem
eletrônicos. Mas há uma extensa doutrina judicial por transgredir a
obrigação legal de boa-fé, e a ela recorrem às vezes os empresários
para justificar demissões por danos. Os convênios coletivos que
regulamentam o uso de novas tecnologias são uma via adequada para
buscar uma confluência de interesses", indica Pepe Callejas, do
Gabinete Técnico Confederal da UGT.

No caso dos meios de comunicação, esse conluio de direitos se aguça.
Twitter e Facebook se transformaram em ferramentas de difusão de
notícias e opiniões, um canal instantâneo muito mais ágil e universal
que as próprias mídias. Mas também muito mais livre. E isso incomoda a
mídia.

Depois de 20 anos na CNN, a jornalista especializada em Oriente Médio
foi demitida depois de escrever no Twitter um comentário elogioso
sobre um religioso xiita. "É triste saber da morte de Sayyed Hussein
Fadlallah, um dos gigantes do Hizbollah, ao qual respeito muito."
Apesar de ter-se desculpado, a rede americana manteve a sanção por
entender que ela havia comprometido sua "credibilidade" e a do
veículo.

Para evitar esses incidentes, alguns veículos criaram código sérios.
"Todos os jornalistas do The Washington Post devem renunciar a alguns
de seus privilégios como cidadãos particulares e assumir que suas
mensagens em qualquer rede social são, para efeitos práticos,
equivalentes ao que aparece embaixo de sua assinatura no jornal ou em
nosso site", começa o manual. O prestigioso jornal não só proíbe seus
repórteres de "escrever ou publicar qualquer coisa que possa refletir
uma parcialidade ou favoritismo político, racial, religioso ou
sexual", como lhes proíbe tornar-se seguidores ou unir-se a grupos
dessas redes que sejam suscetíveis de manchar a credibilidade do
órgão.

A agência Reuters deixa ainda mais claro para seus jornalistas: "A
distinção entre o privado e o profissional quase não existe, e você
deve assumir que o pessoal e o profissional nas redes sociais é uma só
atividade, não importa o quanto se esforce para mantê-las separadas".
A agência financeira Bloomberg orienta seus jornalistas com uma
advertência: "Primeiro pergunte; depois tuíte". Quase todos esses
veículos proíbem expressamente divulgar fontes, comentar a elaboração
das notícias ou manter um debate com os leitores ou com veículos
rivais.

Alguns jornalistas entenderam que com essas normas é preferível
renunciar a ter um perfil na rede social. Foi o que aconteceu com o
chefe de redação do Post, Raju Narisetti, que se apagou do Twitter
depois de ser advertido por causa de um comentário crítico sobre a
escassez de recursos para a saúde. Outros veículos como The New York
Times aplicam uma autorregulamentação, deixando seus profissionais de
mãos livres.

"Em relação aos jornalistas, quando não estiverem escrevendo em um
veículo, representando-o ou atuando como independentes, não estão
cobertos pelo direito à informação e sim pelo geral da liberdade de
expressão", diz Llaneza.

Ser popular e engraçado no Twitter ou no Facebook é importante. Mas
antes de escrever lembre que seu seguidor e seu amigo mais vigilante é
seu chefe.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/as-redes-sociais-e-o-ambiente-de-trabalho#more

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Lagrimas de crocodilo



Porque eles não gostam de mim, snif, snif, eles me perseguem.

terça-feira, 3 de maio de 2011

A incrível velocidade da fibra óptica

Do Hardware.com.br

Pesquisadores demonstram mais de 100 Tbps via fibra óptica

Em outubro do ano passado, pesquisadores afirmaram que esperavam terem
pronto para 2015 Ethernet a 1 Tbps e 100 Tbps em 2020. Entretanto,
durante a "Optical Fiber Communications Conference", em Los Angeles,
EUA, dois grupos em separado conseguiram marcar um recorde, enviando
informações na taxa de 100 terabits por segundo (Tbps), através de um
único cabo de fibra óptica.


Isso é o equivalente a transmitir três meses de vídeo em alta
definição, ou o conteúdo de 250 discos Blu-ray de dupla camada, em um
segundo. Não é por menos que Ting Wang, do NEC Laboratories em
Princeton, New Jersey, EUA, chamou o fato de "um marco fundamental na
capacidade da fibra", segundo a New Scientist.

O NEC Laboratories America chegou a 101,7 Tbps através de fibra
monomodo (single-mode), usando um atenuador de ruídos. A equipe enviou
370 comprimentos de onda, cada um com taxas de dados de 294 Gbps, por
165 km de fibra monomodo padrão, alegando que atingiram a eficiência
espectral de 11 bits/s/Hz, o maior relatado até agora para transmissão
de multiplexação por divisão de comprimento de onda.

Uma equipe em separado, da Sumitomo Electric Industries no Japão,
demonstrou 109 Tbps usando sinais multiplexados por divisão espacial,
através de fibra de 7 núcleos. O grupo de Sumitomo enviou 97 cores
através de cada núcleo a uma taxa de 172 Gbps (dois sinais QPSK de 86
Gbps), através de 16,8 km de fibra.

Um dos maiores problemas da tecnologia ainda é o custo. Fibras
multinucleares são complexas de se produzir, bem como a amplificação
de sinais para transmissões a longa distância em qualquer técnica.
Tendo isso em vista, poucas empresas de tecnologia desembolsam o
"tutú" necessário para chegarem a 100 Tbps.

fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-incrivel-velocidade-da-fibra-optica#more