Público federal anunciou que denunciou dez fraudadores do concurso
nacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de 2007. A denúncia foi
recebida pela 5ª Vara Federal de São João de Meriti (RJ).
Ao acolher a ação penal, movida em dezembro, a Justiça dá início ao
processo motivado pela venda do gabarito de uma prova que não foi
aplicada por recomendação do MPF. Seis réus estavam inscritos no
concurso e os outros quatro são servidores lotados na Universidade
Federal do Rio de Janeiro, organizador do concurso, e no Ministério
Público do Estado (MP-RJ).
A pedido do MPF, a Justiça também bloqueou os bens dos réus visando a
reparação dos prejuízos aos cofres públicos, estimados em cerca de R$
10 milhões pelos procuradores. Os réus respondem pelos crimes de
corrupção (ativa e passiva), receptação (recebimento de produto de
crime), peculato (desvio de bens públicos por servidor) e violação de
sigilo funcional.
Com base na análise de telefonemas dos investigados, o MPF concluiu
que o responsável pelo furto da prova na gráfica contratada para
imprimi-la foi o servidor José Augusto Barbosa, do NCE/UFRJ (réu por
peculato, corrupção passiva e violação de sigilo funcional).
O delito foi instigado por Sales Ximenes Aragão e Aluisio Gomes da
Silva, servidores do MP-RJ (corrupção ativa e receptação qualificada),
que repassaram a prova, por meio do colega Marcelo Tancredo, para o
candidato Jayth Rodrigues Mauricio. Ele, por sua vez, repassou aos
candidatos Marcos Oliveira Pereira, Raphael Oliveira Campos, Ricardo
Cunha Sobreira, Claudio Cardoso Lima e Douglas Ribeiro (receptação).
A prova do concurso da PRF que ocorreria em dezembro de 2007 foi
adiada por recomendação do MPF após a descoberta de que um gabarito
tinha vazado. Com provas aplicadas nas regiões Norte e Centro-Oeste
(inclusive Brasília), o concurso oferecia 340 vagas para policial
rodoviário.
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