recuperar a Telebras.
Antiga holding do setor, com a privatização acabou quase sem função.
Para dar conta das novas atribuições, decidiu-se montar um corpo
técnico competente e trabalhar fundamentalmente com parceiros
privados.
Segundo o presidente da Telebras, Rogério Santana, a empresa conseguiu
bons técnicos junto à Anatel, e engenheiros do mercado, liberados pela
fusão Telemar-Brasil Telecom. Mas também engenheiros de outras
companhias privadas, que se interessaram pelo desafio de construir uma
nova rede.
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Constituído o corpo técnico, outro grande desafio foi a de preparar um
planejamento meticuloso de compras, visando reduções de preço,
principalmente devido ao emaranhado de regulamentos das licitações
públicas.
A primeira contratação, através da MP 495, deu preferência para
indústria nacional. Foram adquiridos equipamentos que geram o laser
que vai para a fibra ótica, switches, roteadores menores – para
transportar o sinal do backbone para as cidades.
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Antes da privatização, o setor tinha 60 fornecedores nacionais; depois
da privatização, restaram 13. A crise dos últimos anos apertou mais
ainda o setor. As multinacionais remeteram muito recurso para fora,
para atender às matrizes; e a fusão da Oi limitou sua capacidade de
investimento.
Segundo Santana, quem sobreviveu foi devido ao diferencial
tecnológico. Agora, com as novas demandas, essas empresas terão espaço
para crescer.
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Ainda hoje, depois de anos de privatização, a Telebras ainda é a 9o
empresa brasileira com maior número de patentes registradas.
As vantagens são evidentes, diz Santana. Se quiser mudanças no
software de equipamentos chineses ou americanos, levará anos. Com o
desenvolvedor nacional, a resposta é instantânea.
E as características brasileiras são diferentes, por exemplo, da
Europa. Lá existem distâncias pequenas entre as cidades. Aqui,
distâncias continentais, grandes vazios e populações dispersas,
obrigando a equipamentos com características fundamentalmente
distintas.
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A nova rede permitirá avanços tecnológicos relevantes. Um deles será a
tecnologia radiocognitiva. São sistemas de software que permitem ao
rádio descobrir a frequência mais adequada para a transmissão do
sinal. Essa tecnologia está sendo trabalhada pelo CPqD e será bastante
útil em um espectro poluído por muitas ondas sonoras.
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Será ampla a capacidade da nova rede. Os oito roteadores permitiriam
em tese o acesso simultâneo de toda a população da China, com 1 mb de
capacidade per capita.
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Hoje em dia, diz ele, a velocidade da banda larga não é assegurada
pela Anatel. Um serviço oferece determinada banda. Mas, dependendo do
número de usuários conectados, a banda efetiva entregue termina sendo
muito mais baixa.
No caso do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), a velocidade entregue
terá que ser efetiva, provavelmente 1 mb para cada usuário.
fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-nova-telebras-e-o-pnbl#more
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